domingo, 2 de março de 2014

Amor platônico

E mais uma vez imaginei você ao meu lado. A semana não termina e mal começa sem ao menos eu só te olhar. Um olhar e já basta. Não preciso falar contigo, não preciso te tocar. Um olhar já corresponde o que eu já sei sobre você. Ou o que eu não sei. É, eu não sei...
Te imagino de longe também. Talvez a imaginação seja um refúgio. Imagino os seus melhores defeitos e as suas piores qualidades. O teu riso escondido. A tua seriedade inquieta.
Imagino o caos que isso deve causar também. As inúmeras desavenças, as mentiras e até mesmo a dor.
O amor quase perfeito, a transa e o calor.
Ouço a sua gargalhada de manhã, a imagino também. Me sento na cama todo dia de manhã, o sol já está brilhando e os ruídos de uma cidade começam. Nada me aflige a não ser sem te ter em um dia normal.
Não quero e não posso te explicar tudo e sobre todos. Não quero e não acho justo. Tenho medo. A distância também teme.
Você apareceu como se fosse algo por acaso. O acaso planeja as surpresas da vida como ninguém. Te nego também, pois são as decepções que te acusam como um alguém qualquer.
O futuro está logo ali e talvez você esteja nele. Não te destaco como uma pessoa qualquer. Apenas te destaco. Ataco, se for necessário. Caso contrário, deixo como está. E como sempre foi.
O amanhã já está chegando e quero te olhar outra vez. Mais uma vez e por uma única vez.
Qualquer dia eu te digo o por quê disso tudo. Mas, enquanto isso, não se importe com o quê o destino te reserve. O destino pode ser o nosso melhor amigo, e sua por vez, um abismo atentador.
Boa noite.

2 comentários:

  1. Muito bom, impressionante como melhora a cada dia. Acho q sei bem desse tal amor platônico...bendito Platão-tão-tônico, que explicou o amor ideal de maneira tão perfeita.

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