quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Se foi um sonho, se foi um céu, eu não sei.

São duas personalidades: uma mal feita, e uma que cresceu. Cresceu mentalmente.
Voltando ao passado, a primeira personalidade acreditava no que via. Uma bobinha, mas uma apixonada. Apaixonada mesmo. Amava um ser por suas virtudes. Enquanto isso, a personalidade que cresceu depois do passado, via tudo de longe. Observando muito bem.
Retomando aquele passado, a mal feita... Não. ''Mal feita'' é ''nome'' muito forte, vamos chamar essa personalidade de ''Menininha'', e a personalidade que cresceu, vamos chamá-la de ''Mulher''.
A Menininha acreditava nos sonhos, na ilusão, nas borboletas que estavam em sua barriga. Um resultado de uma paixão. A Menininha já passara por uma decepção forte, uma decepção que fez ela chorar, até aonde ela depositou toda confiança num outro ser do passado. Voltara com as borboletas na barriga. Com a sensação boa. Mas por conta disso, a Menininha não sabia lidar com os seus próprios sentimentos, e tinha dúvidas, muitas dúvidas. E a Mulher? A Mulher continuava observando tudo isso.
Linda Menininha, poderia me explicar o fim daquela paixão? Por quê o fim? Qual foi o motivo? Por quê? Diga-me!
Repito: ela não sabia lidar, era uma guriazinha muito frágil!
Por conta do fim, ou antes do fim, foi uma decisão prematura. Ela não queria, ela não temia, mas a Menininha, inocentemente ''decretou'' o fim do amor, por sei lá qual motivo.
Mas não se sentia culpada. E a Mulher? Por incrível que pareça, ela aprendia observando.
Com o tempo, a Menininha precisava aprender a lidar com a perda. Uma grande amiga, apareceu: a Mulher. Sim, aquela Mulher...
Doce Mulher, que demonstrava ser muito forte, muito determinada.
A Mulher e a Menininha brigavam. Brigavam por quê as duas tinham defeitos. Mas era só um temporal. Um temporal, que como todo temporal, passava.
A Mulher ensinou para a Menininha, que ela devia ser mais forte, e menos sensível. Talvez, não menos sensível, mas sim, deixar sua flexibilidade de lado.
Droga! A Menininha teve uma recaída por aquela paixão, por aquele ser que ambos, ainda se amavam. A Mulher, por ser tão forte, aceitou a recaída da amiga. Mas por quê? Ela já temia.
E depois? Como proceder? Ambas, não sabiam. Há alternativa? Eu não sei. Mas a amiga da Menininha, muito experiente, sabia, e disse para a amiga: ''minha amiga Menininha, você não pode se prender ao passado. Eu temia a sua recaída. Mas lembre-se: acabou aquela paixão! Aprenda sobreviver com as decisões que você toma!''
Um tempo depois, tudo passara. A Menininha se afastou da amiga Mulher. A Menininha se tornara a (própria) Mulher.
Sim é aquela Mulher determinada. E soube lidar com o fim, e está pronta para um recomeço. Um único recomeço que o futuro lhe espera.
Não, a personalidade Menininha, não foi com o vento e nem com a maré. A personalidade Menininha está na memória, no pensamento e no coração.
Cuja se tornou a (própria) Mulher, que está muito mais forte, porém com defeitos, mas viva. E sempre pronta para um novo amor.

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