quinta-feira, 5 de abril de 2012

Para senhorita Perfeição.

Olá Perfeição!
Tudo bem com você? E com os seus direitos?
Sim, direitos! Afinal, você tem tantos direitos, não é?
Direitos de amar, odiar, se apaixonar, se amargurar, ser dramática...
O que foi senhorita Perfeição? O que está acontecendo com você?
São os sentimentos?
Ó sentimentos, deixem a senhorita Perfeição em paz...
Só por que ela erra? Só por que ela odeia?
Oras... Quero outros motivos. Sim, motivos.
Deixa-a errar, amar, até mesmo, me odiar.
Odeie. Você tem esse direito. Mas sem crueldade. Odeie sendo justa.
Há possibilidade em odiar sendo justa? Sim, claro!
É só deixar a sua ironia de lado, que tudo fluirá bem.
Você sabe senhorita Perfeição, que os tempos mudaram, cada um fez seu próprio caminho, e cá estamos nós, como sempre estivemos: aturando-nos.
Mas enquanto eu estiver com os meus pés no chão, você estará aí, senhorita Perfeição, me dizendo o quanto sou infantil, o quanto sou ciumenta, o quanto eu sou o que você achar do que eu posso ser ou não ser. Você tem direito, mas não tem razão. Infelizmente.
Mas lembre-se: a senhorita Perfeição também erra, afinal, você já sabe que isso é um direito de todos.
Talvez, essas palavras serão ditas pela última vez. Pela última vez numa semana.
Senhorita Perfeição, sinto em te dizer que preciso ir embora. Você não precisa de mim, mas precisava me ouvir.
Enfim, que os frutos daquele início tragam boas coisas à senhorita. Aquele início onde tudo eram flores. Recorda-se? Não... Talvez você não se lembra, por quê a senhorita Perfeição não consegue lembrar mais das coisas boas, que um dia, trouxeram graças à senhorita...
Assim, numa galáxia muito distante...

Mais uma vez, cuida-se com os seus direitos de amar e me odiar, senhorita Perfeição, porque de uma forma, ou outra, não sentirei a sua falta. 

quarta-feira, 4 de abril de 2012

A última carta.

Aquele eterno medo de perder as pessoas que um dia me fizeram feliz. Aquele eterno sonho de te fazer muito feliz. Aquele sonho de sonhar... E sonhar... E continuar a sonhar.
Parece que foi ontem quando eu te vi pela primeira vez. Parece que foi hoje quando eu te vi pela última vez.
Eu quero que um dia, alguém sinta a minha falta.  
Por que é preciso. I need.
Talvez as minhas palavras escapem perdidas.
Sempre sonhei em usar esse drama como um escudo, mas não perto de ti, por que sinto em te perder.
Mas a vida é sua e você precisa seguir, sem mim.

Queria dizer a você que poderia durar para sempre, mas isso é amor platônico. Amor platônico não é para sempre. Desculpa-me.
E você mal me conhece. Infelizmente. Por que se soubesse, não me deixaria partir pela segunda vez.
Talvez seja ciúme. Odeio sentir ciúme por uma pessoa que não merece o meu amor.
Sim, o amor está escapando feitas aquelas palavras...
 Eu também não te conheço o suficiente para depositar todo esse meu amor. Que pena.
Preciso me desapegar e tentar terminar essa carta sem muito que dizer, afinal, eu sei que falo coisas que não deveriam ser ditas. Mas é o amor. Acredite!
Enquanto eu me supero, sem te ver, mas sabendo que estás bem, ficarei com a minha eterna gratidão.

Um turbilhão de sentimentos. Meu raciocínio se perdeu. Mas, me ignore, assim, como você sempre fez. Não sinto raiva de você, não quero e não preciso dessa raiva. É só o ciúme bobo.
Interprete esta mera carta a quem e como quiser.
É só uma despedida.
Mas por favor, não sinta pena de mim. Sinta saudade. Por que eu sei, que um dia, sentirei a sua falta, como sinto agora.
Cuida-se sem mim que cuidarei de ti em meu coração.

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