terça-feira, 4 de novembro de 2014

Respeitável público...

Resgatei a minha infância em algumas lágrimas derramadas durante um depoimento que eu mesma concedia num ambiente contagiante.
Deparei-me que ainda há sentimentos empurrados dentro desta ser que, por bem ou por mal, não repara em si própria. Que vê um turbilhão de defeitos dentro de si, e acha, que por algum motivo, não sairão pelos poros.

Sim, chorei ao relatar uma experiência que eu tenho guardada há muitos anos: o sabor da infância revivida num lugar tão simples e cheio de histórias.
Ah, as cores, os risos soltos, a alegria imensurável e aquele brilho nos olhos voltaram após quatorze anos.

Ás vezes paro e me pergunto se ainda dá tempo de sorrir sem nenhum pretexto... Entende?

Quando eu era criança, ficava contanto nos dedos das mãos quantos anos demorariam para eu alcançar a maior idade. A alcancei. E não anseio mais por isso.

Mas que bom que ainda há pessoas que nos fazem sair desta zona de conforto. Motivo das lágrimas daquele depoimento.

Tantas e mais tantas recordações que eu posso lhe descrever a cada detalhe quando eu vi aqueles personagens caracterizados pela primeira vez, ainda criança.
Ainda lembro o trajeto e quem estava ao meu lado. E por agora: não está mais tanto assim.
Que sorte a minha ter estas recordações guardadas como se fossem tesouros preciosos. E são. Acredite!

Espero ter a sorte de nunca esquecer destas recordações, mesmo que a menina tenha crescido e se deparado com um mundo que lhe espera lá fora sob luzes artificiais.

Um comentário:

  1. Infância sempre mexe comigo também, as lágrimas são inevitáveis! Melhor fase da vida ♥

    Por isso acredito que não importa o quanto cresçamos, nossa criança interior nunca deve morrer...é a melhor parte de nós e que nos auxilia na dureza dessa trajetória que é ser adulto...

    Sempre ótima com as palavras! :) Grande beijo! :*

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