Resgatei a minha infância em algumas lágrimas derramadas durante um depoimento que eu mesma concedia num ambiente contagiante.
Deparei-me que ainda há sentimentos empurrados dentro desta ser que, por bem ou por mal, não repara em si própria. Que vê um turbilhão de defeitos dentro de si, e acha, que por algum motivo, não sairão pelos poros.
Sim, chorei ao relatar uma experiência que eu tenho guardada há muitos anos: o sabor da infância revivida num lugar tão simples e cheio de histórias.
Ah, as cores, os risos soltos, a alegria imensurável e aquele brilho nos olhos voltaram após quatorze anos.
Ás vezes paro e me pergunto se ainda dá tempo de sorrir sem nenhum pretexto... Entende?
Quando eu era criança, ficava contanto nos dedos das mãos quantos anos demorariam para eu alcançar a maior idade. A alcancei. E não anseio mais por isso.
Mas que bom que ainda há pessoas que nos fazem sair desta zona de conforto. Motivo das lágrimas daquele depoimento.
Tantas e mais tantas recordações que eu posso lhe descrever a cada detalhe quando eu vi aqueles personagens caracterizados pela primeira vez, ainda criança.
Ainda lembro o trajeto e quem estava ao meu lado. E por agora: não está mais tanto assim.
Que sorte a minha ter estas recordações guardadas como se fossem tesouros preciosos. E são. Acredite!
Espero ter a sorte de nunca esquecer destas recordações, mesmo que a menina tenha crescido e se deparado com um mundo que lhe espera lá fora sob luzes artificiais.
A Ellen Visitário nasceu um ano antes da metade dos anos noventa. Agora ela é graduanda - desde o 1º semestre de 2014 - no curso de Jornalismo do Centro Universitário FIAM FAAM em São Paulo. É redatora e moderadora no Blog Rock 80 Brasil, colaboradora no The Backstage Blog, no site Mundo Blá e resenhista no blog Roendo Livros. Atuou como assistente de comunicação na empresa News Prime. Já colaborou com os seus textos no Portal Zona Livre, no Flash Press, no Casas dos Focas; entre outros espaços. Além de gostar de escrever, ela é sensata, ama Literatura e não dispensa um café.
Infância sempre mexe comigo também, as lágrimas são inevitáveis! Melhor fase da vida ♥
ResponderExcluirPor isso acredito que não importa o quanto cresçamos, nossa criança interior nunca deve morrer...é a melhor parte de nós e que nos auxilia na dureza dessa trajetória que é ser adulto...
Sempre ótima com as palavras! :) Grande beijo! :*