quinta-feira, 15 de março de 2012

130 anos.

Caro é transforma-se em um arremedo de si próprio a ponto de nem se reconhecer mais.
Hoje eu tenho 130 anos, isso não estava nos meus planos.
Você sabe, a desordem é tenaz.
Tantos laços, tantas amarras, os controles, prentensões, nada adianta se o vento não soprar. Esse vento sob minhas asas, eu não mando mais em nada.
Sei que é alto, mas eu vou pular.
O que todos vão dizer? E aonde vão chegar? Nem os olhos podem ver...
Decidido, eu não volto pra casa!
O lar é o corpo, e todas as palavras que a vontade conseguir pensar. Segue o vento sob minhas asas, eu não mando mais em nada. Sei que é alto, mas eu vou pular...
(Agridoce)

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